Quarta onda de calor no Brasil fez temperaturas chegarem a quase 40ºC em boa parte da região central do país. ENEM 2023 – DOMINGO (12) – POUSO ALEGRE (MG) – Estudante se refresca com ventilador portátil antes do 2º dia de provas
Milton Guimarães / EPTV
O calor dentro e fora das salas de aula marcou o segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Com termômetros que se aproximaram dos 40ºC em boa parte das regiões Centro-Oeste e Sudeste por conta da quarta onda de calor do ano, os candidatos tiveram que lidar também com as altas temperaturas para concluir o exame.
Os problemas enfrentados pelos alunos foram de falta de ar-condicionado a disputas por locais com sombra para se abrigar antes do início da prova. Veja abaixo como foi o segundo dia de Enem em cidades onde as máximas superaram os 35ºC.
Falta de ar-condicionado
Na Universidade de Cuiabá, os aparelhos de ar-condicionado pararam de funcionar após oscilações de energia em algumas salas. Estudantes que faziam a prova no local relataram ao g1 ao menos três quedas de energia durante o exame, algo que atrapalhou o desempenho neste segundo dia Enem. A situação já havia acontecido no primeiro dia de provas, na semana passada.
A universidade informou que as quedas de energia ocorreram por causa do calor intenso registrado neste domingo (12) na capital do Mato Grosso. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a máxima prevista para Cuiabá era de 42°C. Durante o exame, os termômetros marcavam 38,1°C.
Candidatos do Enem em Cuiabá enfrentaram sol forte antes da prova.
Victória Oliveira/g1
Prova de resistência contra o calor
Em algumas cidades, as temperaturas elevadas fizeram com que os aparelhos de ar-condicionado e ventiladores não fossem o suficiente para amenizar o calor dentro das salas de aula.
Na região de Campinas, onde os termômetros chegaram a registrar 38°C, estudantes relataram dificuldades de concentração. Alguns candidatos tiveram que sair da sala para se refrescarem e outros ficaram com o chocolate levado como lanche totalmente derretido.
Luna Semeghini, de 23 anos, mostra chocolate derretido devido ao calor durante a prova do Enem em Campinas
João Conrado Kneipp/g1
O mesmo aconteceu na Paraíba, onde nem a combinação do ar-condicionado e de ventiladores foi o suficiente para controlar o calor de 37°C do sertão do estado. Com dificuldades para segurar a caneta por causa do suor, alguns estudantes utilizaram até o próprio caderno de prova para se abanar e tentar amenizar o calor.
“Atrapalhou um pouco. Ficava suando as mãos, fazendo a caneta escorregar. Isso desconcentra muito”, explica Raylan Victor Alves, de 18 anos.
No Distrito Federal, algumas salas não contavam com ventilação e estavam com as janelas fechadas. A região era uma das que estava sob alerta vermelho de grande perigo para o calor, segundo o Inmet.
Disputa pela sombra antes da prova
Os candidatos que chegaram com antecedência aos locais de prova tiveram de disputar os poucos lugares com sombra.
Ainda em Cuiabá, voluntários em alguns colégios e universidades nos quais o exame estava sendo aplicado distribuíram leques de papel e água gelada aos candidatos. Mesmo na sombra, os termômetros registravam 35,7°C cerca de uma hora antes da abertura dos portões.
Candidatos do Enem sofrem com o calor de Cuiabá.
Já no Sul de Minas, alguns estudantes foram preparados para o calor, com ventiladores portáteis trazidos de casa. Outros apostaram em chegar cedo para conseguir um lugar mais fresco nas salas, perto das janelas.
Na Bahia, onde a temperatura máxima esperada era de 33°C, de acordo com o Inmet, o pai de uma candidata levou até um cooler para se refrescar enquanto esperava a filha realizar a prova. Estudantes relataram que, apesar das salas ventiladas, o calor ainda foi incômodo.
Fonte: G1 Read More