Provas foram aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro em todo o país. Questão de ciências da natureza sobre a gripe A-H1N1 deve ser anulada por já ter sido usada em outra edição do exame. Gabaritos do Enem 2023 são divulgados. Na imagem, participante segura o caderno rosa do 2º dia de provas.
Érico Andrade/g1
Os gabaritos dos dois dias de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 foram divulgados nesta terça-feira (14), no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
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✏️ O Enem 2023 foi aplicado nos dias 5 e 12 de novembro em todo o país. Segundo o Inep, mais de 3,9 milhões de candidatos estavam inscritos. No primeiro domingo, os alunos fizeram a prova de linguagens, ciências humanas e a redação, cujo tema foi “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”. No segundo domingo, foi a vez das provas de matemática e ciências da natureza.
Uma questão de ciências da natureza sobre a gripe A-H1N1 foi anulada, conforme adiantado pelo g1, pois tinha sido usada no Enem PPL (para pessoas privadas de liberdade) em 2010. A anulação da questão não deve afetar a nota dos candidatos.
Nota do Enem é calculada por método ‘antichute’; saiba como funciona o TRI
Número de acertos não determina nota final
Apesar da divulgação do gabarito, que permite ao candidato saber a quantidade de questões que acertou no Enem, ainda não é possível saber como seu desempenho será avaliado na nota final. Para isso, será preciso esperar a divulgação das notas individuais no dia 16 de janeiro de 2024.
Isso acontece porque cada questão pode ter um peso diferente a depender das outras questões que o candidato acertou ou errou. Ou seja, a nota final não é simplesmente a soma do número absoluto de acertos.
É a Teoria de Resposta ao Item (TRI), método de correção utilizado no Enem, que torna isso possível. A TRI prioriza o desempenho que for coerente.
Dois alunos que acertarem exatamente o mesmo número de perguntas podem tirar notas diferentes. O raciocínio por trás disso é que, se alguém acerta as questões mais difíceis, mas erra aquelas consideradas fáceis, provavelmente “chutou” as respostas. Por isso, terá uma nota inferior à de um estudante que acertou as fáceis, mas errou as mais complexas (veja ilustração abaixo).
Dois participantes acertaram 5 respostas. Veja só como aquele que errou justamente as mais fáceis tirou uma nota menor do que o ouro, que errou as difíceis
Reprodução/Inep
🤔 Para que existe a TRI?
A TRI apresenta as seguintes vantagens em relação ao método clássico de correção:
ao detectar os famosos “chutes”, ela premia o aluno que, de fato, se preparou para a prova;
possibilita a comparação entre candidatos que tenham feito diferentes edições do exame;
torna mais improvável que dois concorrentes tirem exatamente a mesma nota, já que o resultado final é divulgado com duas casas decimais (816,48 pontos, por exemplo).
📈 Por que a nota da prova não vai de 0 a 1.000?
No Enem 2022, a nota máxima na prova de Linguagens, por exemplo, foi 801,00 e a mínima, 269,90.
Ou seja: quem acertou todas não tirou 1.000, e quem errou 100% das perguntas não ficou com zero. Por quê?
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza e aplica o Enem, o que determina os “extremos” da nota é o grau de dificuldade das perguntas daquela edição.
“Quando a prova for composta por muitos itens fáceis, o máximo tenderá a ser mais baixo, e quando for formada por itens difíceis, o mínimo tenderá a ser mais alto”, diz o órgão, em documento de orientação aos participantes.
Fonte: G1 Read More