Recomendação da Organização Mundial da Saúde é para que uma pessoa faça, por semana, 300 minutos de atividade física moderada ou 150 minutos de atividade intensa. Andar de bicicleta é uma ótima atividade física para o corpo.
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Fazer atividade física todo mundo sabe que faz bem. Mas será que você se exercita na regularidade e intensidade suficientes? Descubra abaixo na calculadora desenvolvida pelo g1 com base nas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os benefícios de se ter uma vida ativa são inúmeros, como mais disposição, melhora na concentração e aumento da capacidade de memória – sem contar que o sedentarismo é fator de risco para várias doenças.
🏋️📚 Por isso, especialistas recomendam: é essencial fazer aquele esforço extra para tentar manter uma rotina de exercícios mesmo com uma agenda cheia de compromissos. Isso vale, inclusive, para quem estiver se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou outros vestibulares. Ao longo da reportagem, entenda os efeitos no cérebro da atividade física e como podem melhorar o seu desempenho intelectual.
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Fazendo a conta na ponta do lápis
De acordo com a OMS, pessoas adultas devem:
praticar alguma atividade física moderada por 300 minutos semanais, o que dá, por exemplo, até uma hora de exercícios por cinco dias ou 40 minutos por sete dias –; ou
fazer 150 minutos por semana de atividade física intensa (desde que não haja contraindicação, claro).
Como saber se a atividade física é moderada ou intensa:
🧘 Se sua respiração e batimentos cardíacos estão razoavelmente acelerados, mas você consegue manter uma conversa enquanto se exercita, a atividade é provavelmente moderada. Exemplos: caminhada, ciclismo leve, ioga leve, dança.
🚴 Se os batimentos cardíacos aceleram consideravelmente e sua respiração está muito rápida e difícil a ponto de não permitir uma conversa, é provavelmente uma atividade intensa. Exemplos: musculação, corrida, natação, futebol, basquete, vôlei, ciclismo acelerado, ioga intensa.
❌ Ou seja, não é qualquer atividade física que conta: descer um único lance de escadas, andar por uma curta distância, realizar atividades que não exijam um esforço mínimo ou praticar atividades que demandam esforço, mas são feitas esporadicamente e por pouquíssimo tempo são importantes contra o sedentarismo, mas não valem para o cálculo da OMS. Lembre-se: é preciso ter regularidade.
Passo a passo para preencher a calculadora:
Pense em uma atividade física e digite os minutos que gasta nela por semana (ou clique nas setas para selecionar a quantidade de minutos).
Selecione o tipo de intensidade.
Se tiver mais atividades a acrescentar, é só clicar em “adicionar” e repetir o processo.
Quando terminar, clique em calcular.
Efeitos da atividade física no cérebro
Caminhar com o pet pode ser uma forma de atividade física
Foto: senivpetro/Freepik
O médico neurologista Denis Bernardi Bichuetti, do Hospital do Coração (HCor) de São Paulo, explica que a melhora na memória, concentração e demais benefícios das atividades físicas acontecem graças a um conjunto de efeitos que resultam em melhora na saúde do corpo e da mente.
Ilustração das reações no cérebro promovidas por exercícios físicos.
Juan Silva/g1
O exercício físico adequado melhora a saúde do corpo, o que, por si só, melhora a saúde do cérebro. Além disso, quem se exercita tende a ficar mais cansado e acaba dormindo melhor. Isso, em contrapartida, melhora a condição do cérebro, já que diminui a fadiga cognitiva e possibilita mais foco e concentração nas atividades do dia.
Melhora no desempenho intelectual
Encaixar uma ida à academia ou um lazer esportivo nos intervalos de estudo pode ajudar na capacidade de lembrar o que foi estudado, conforme mostram as pesquisas.
Uma delas, produzida em parceria pelas universidades de Radboud, na Holanda, e de Edimburgo, na Grã-Bretanha, confirmou que a prática de exercícios aliada a uma rotina de estudos melhora a memória.
👉 Mas não adianta esperar até a semana anterior ao Enem para começar a se exercitar, acreditando que sua memória vai magicamente guardar todo o conteúdo, porque o efeito não é imediato.
Segundo o estudo, a melhora foi observada em quem tonou as atividades físicas uma parte da rotina por pelo menos 6 meses. Já outros benefícios, como concentração e organização, podem vir em curto ou médio prazo.
Ainda assim, quem começar a se exercitar agora poderá ver o resultado na memória já no primeiro semestre letivo de 2024, algo que pode vir a calhar para os aprovados nos vestibulares.
Estudante se preparando para o Enem no Pará.
Reprodução / Agência Pará
Benefícios na hora de fazer o exame
Os benefícios vão além e podem garantir, por exemplo, maior disposição física e mental na hora de fazer o exame, como explica o médico do esporte Fabrício Buzatto, que integra a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE).
Só de realizar exercícios físicos, a musculatura fica mais forte e beneficia a postura, que é algo importante nessas provas. Uma postura fortalecida traz menos incômodos ao aluno, o que permitirá que ele se concentre melhor nas questões.
Mas o especialista recomenda ainda que a relação com o exercício seja saudável. “Não adianta inserir isso na rotina para ser mais uma cobrança, uma obrigação. Precisa ser prazeroso se exercitar, ser um momento positivo do dia”, diz.
Estudar, sim; se exercitar também
Julia Mano Senise tem 18 anos e faz cursinho e para tentar uma vaga no curso de letras ou design. Entre as horas de aulas e a rotina de estudos em casa, ela encaixa uma pausa para o balé.
Atualmente, tento fazer balé por uma hora, uma hora e meia quando dá, mas qualquer tempo que consigo praticar é sempre bom. Às vezes, quando estou angustiada ou triste até, porque os estudos não estão fluindo, eu paro, faço meu exercício e volto com mais pique, renovada.
O efeito da prática esportiva é semelhante para Matheus Shimoki. Ele é vestibulando e ex-atleta profissional de tênis de mesa. Por isso, sabe da importância do exercício físico para um bom desempenho escolar.
Além de dar aulas de tênis de mesa e de praticar o esporte sempre que pode, ele também tenta ir à academia diariamente entre os turnos de estudo.
Faço uma pausa e vou à academia por volta do meio-dia e meia. Isso me ajuda a ficar bem disposto e sempre volto mais animado para estudar à tarde.
O resultado positivo é observado até por quem não leva “jeito para estudar”, que é como o cuiabano Luis Fernando Moreira se descreve.
Eu não sou muito de estudar, tenho dificuldade para me concentrar e ficar sentado estudando. Sou muito ativo e pratico esporte desde criança, então não consigo ficar parado. Mas sempre que volto da academia ou do vôlei, parece que consigo focar melhor.
Seis técnicas que podem turbinar seus estudos
VÍDEOS DE EDUCAÇÃO
Fonte: G1 Read More