Justiça dos EUA decidiu proibir medida em leva de decisões desta semana, antes do recesso de verão no Hemisfério Norte. Presidente norte-americano é favorável às políticas. Foto de 2019 mostra alunos perto da biblioteca Widener, na Universidade Harvard, nos EUA
Charles Krupa/Arquivo/AP Photo
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quinta-feira (29) que a decisão da Suprema Corte de seu país de proibir políticas afirmativas em universidades norte-americanas é um retrocesso.
Ele disse que orientou o Departamento de Educação do país a estudar quais possíveis políticas podem contribuir para que haja mais diversidade entre os estudantes universitários.
Biden é favorável às políticas, que vinham sendo usadas pelas instituições para aumentar o número de alunos negros, hispânicos e de outros grupos pouco representados entre os estudantes.
Em pronunciamento na Casa Branca, acusou os juízes da Suprema Corte – de maioria conservadora – de “efetivamente acabar com as políticas afirmativas no processo de admissão às universidades”.
“Não podemos deixar que essa decisão seja a última palavra nesse assunto”, afirmou ele.
“O preconceito ainda existe nos Estados Unidos, e a decisão de hoje não muda isso. Acredito que as universidades são mais fortes quando são racialmente diversas. Temos que lembrar que diversidade é a nossa força, e eu sempre lutarei por isso”.
A decisão da Suprema Corte – uma das mais importantes da Casa antes do recesso de verão no Hemisfério Norte, a partir da semana que vem – reverte um entendimento de quase 50 anos. Em 1978, a Corte havia decidido que as universidades não podem criar sistemas de cotas, mas que poderiam usar a raça como critério nas seleções.
O presidente da Suprema Corte dos EUA, o conservador John Roberts, escreveu que o benefício a um estudante que sofre discriminação racial tem que estar relacionado “à coragem e à determinação daquele estudante”.
Fonte: G1